quando a gente se reconhece
a gente sabe o caminho
a caminhada
a hora da chegada
mesmo que não pareça o destino
essa rota esse sentido
a gente bem sabe
o que guarda revela
ao fim do inverno
primavera
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
uma sequência para ali-viar
para as co-madres
das mãos saltam folhas
trevos e ascensões
que de arcos íris refletem
suas cores de espaços nus
descobertas de sal ou de eras
onde a voa um pássaro-luz
sua via férrea não suporta
florestas e estrelas de amor
deixem os fios partirem
para que possam entoar
canções com a pauta no ar
***
[na outra primavera eros e psiquê se reencontraram, havia um bom silêncio no ar.
tudo estava em paz novamente reconhecidamente. nada havia de invento
era mesmo esse remar solto de correntes que não evoca martirizações
mas o merecimento de séculos e séculos de silêncio. distância. ausência
na sua presença]
carta escrita no começo da vida
o mar en-carrega de cantar
agora de mar em mar
das mãos saltam folhas
trevos e ascensões
que de arcos íris refletem
suas cores de espaços nus
descobertas de sal ou de eras
onde a voa um pássaro-luz
sua via férrea não suporta
florestas e estrelas de amor
deixem os fios partirem
para que possam entoar
canções com a pauta no ar
***
[na outra primavera eros e psiquê se reencontraram, havia um bom silêncio no ar.
tudo estava em paz novamente reconhecidamente. nada havia de invento
era mesmo esse remar solto de correntes que não evoca martirizações
mas o merecimento de séculos e séculos de silêncio. distância. ausência
na sua presença]
carta escrita no começo da vida
o mar en-carrega de cantar
agora de mar em mar
Ré-ferência
Ao inverno com meu ecoar
no mais de rio solto
ré-verente a porta aberta para o mar
sou mia couto
ré-fervente água reza amar
dentro pouco
o que vi pode ré-sucitar
o que é outro
o que é mesmo
o que é sempre eco-ar
não-novo
presença mouco
(silente)
no mais de rio solto
ré-verente a porta aberta para o mar
sou mia couto
ré-fervente água reza amar
dentro pouco
o que vi pode ré-sucitar
o que é outro
o que é mesmo
o que é sempre eco-ar
não-novo
presença mouco
(silente)
Con-fissão
a Felipe Terra
o que sabe de dentro
brotar
na sua voz de ecoador
navente
brilhante fosco vívido
esse mergulho
serei teu nome revivo
serei teu re-concílio
concilio o que há de meu mar
morn-ar ar
vou de encontro ao som
ar
som ar
sommmmm arrrr
sommmm arrrrr
sommmarrrrrrr
vou de encontro ao om
RÁ
o que sabe de dentro
brotar
na sua voz de ecoador
navente
brilhante fosco vívido
esse mergulho
serei teu nome revivo
serei teu re-concílio
concilio o que há de meu mar
morn-ar ar
vou de encontro ao som
ar
som ar
sommmmm arrrr
sommmm arrrrr
sommmarrrrrrr
vou de encontro ao om
RÁ
sétimo selo (semedo semeio)
sem medo
o que vem dentro encontra
tempo
só mesmo
na doce promessa pode solta
dançar na voz do amor
nunca
soube dizer da grandeza de encontrar
agora pequena semente se fez
de cada terra
grão de areia
de cada sono
despertar
o que é verdadeiro não se perde
o que é de verdade se dirá
não se parte sem vida
não se vence sem ver
o que dirá reconhecer
em si de novo renascer
de novo tudo ecoa
ancora o teu amor
em todas as formas rebrota
o que vem dentro encontra
tempo
só mesmo
na doce promessa pode solta
dançar na voz do amor
nunca
soube dizer da grandeza de encontrar
agora pequena semente se fez
de cada terra
grão de areia
de cada sono
despertar
o que é verdadeiro não se perde
o que é de verdade se dirá
não se parte sem vida
não se vence sem ver
o que dirá reconhecer
em si de novo renascer
de novo tudo ecoa
ancora o teu amor
em todas as formas rebrota
presença viva (sexta feira sonho)
amor
em toda parte é o que se faz ecoar
de seu coração
em nós
só mesmo acompanha um balanço
tudo em ti alcança
o que verbo é o mistério
em Ti se revela
segredo
em toda parte é o que se faz ecoar
de seu coração
em nós
só mesmo acompanha um balanço
tudo em ti alcança
o que verbo é o mistério
em Ti se revela
segredo
quinta de luz
na voz no alento
sopro instrumento
alumbramento
no leito no-vembro
o membro parceiro
passeio pele talento
rede-tele de dentro
sentir pulsar momento
tudo está junto
distância é só aparência
presença é sempre movendo
arte-vento
a roda evolve
novo pat-amar
não sem encontro
entre tudo
há o mesmo repente
***
[não foi deus quem fez as ondas
não foi deus quem fez o mar
não foi deus quem fez os peixes
deus foi quem soube nadar]
a vida é viva a gente
sopro instrumento
alumbramento
no leito no-vembro
o membro parceiro
passeio pele talento
rede-tele de dentro
sentir pulsar momento
tudo está junto
distância é só aparência
presença é sempre movendo
arte-vento
a roda evolve
novo pat-amar
não sem encontro
entre tudo
há o mesmo repente
***
[não foi deus quem fez as ondas
não foi deus quem fez o mar
não foi deus quem fez os peixes
deus foi quem soube nadar]
a vida é viva a gente
quarto de tempo
chamo o tempo o tempo o tempo
chamo na chama no verso no veio
na corredeira que alimentou o meu seio
na minha raiz
que brotou esse mar de alegria e saciou
minha sede de vento de sol de euforia
alimentou
meu cantar tão contente mas ventre
que sim gerou
o que é de semente é de fogo é de sonho
é a mostra da fruta madura o ponto
que une o trabalho do ara-dor
com amor
nada fez raiz sen-time-nto
nada fez sen-ti
sem o teu vento
sem a morte ecoando no ar
sem a força do oposto brilhar
sem a nuvem escondendo luar
e o dia vindo clarear
sem o fogo consumi-dor
que gera destrói e liberta
sem a força da primavera
não se pode re-começar
nascimento
chamo na chama no verso no veio
na corredeira que alimentou o meu seio
na minha raiz
que brotou esse mar de alegria e saciou
minha sede de vento de sol de euforia
alimentou
meu cantar tão contente mas ventre
que sim gerou
o que é de semente é de fogo é de sonho
é a mostra da fruta madura o ponto
que une o trabalho do ara-dor
com amor
nada fez raiz sen-time-nto
nada fez sen-ti
sem o teu vento
sem a morte ecoando no ar
sem a força do oposto brilhar
sem a nuvem escondendo luar
e o dia vindo clarear
sem o fogo consumi-dor
que gera destrói e liberta
sem a força da primavera
não se pode re-começar
nascimento
terceira passagem (chão-ar)
rodopios de flores e sons
pétalas são bailarinas
que almas dançam no espaço
na cósmica presença cântico-primo
o al-tar
alta-mente
chão chão chão
eleva de si para o são
o que é o que não
chão chão chão
eleva de sim coração
para o ente mão efusão
espargir seu perfume oração
pelo temp(l)o do-ar
amor-tecer
de sua ligadura mover
re-mover o que im-pede
para que sede se faça ser
o que seria do altar saciar
sem raiz o degrau para o chão
pétalas são bailarinas
que almas dançam no espaço
na cósmica presença cântico-primo
o al-tar
alta-mente
chão chão chão
eleva de si para o são
o que é o que não
chão chão chão
eleva de sim coração
para o ente mão efusão
espargir seu perfume oração
pelo temp(l)o do-ar
amor-tecer
de sua ligadura mover
re-mover o que im-pede
para que sede se faça ser
o que seria do altar saciar
sem raiz o degrau para o chão
segunda flora
da sombra escura da terra brota a sementinha
ninho passarinho brota do ecoar
som
silêncio solto gritou
ahhhhhh! no silêncio do amor
shhhiiiiuu, a vida é flor
raridade que abunda em toda parte
milagre que jorra naturalmente
cuidadosamente
passos leves soltos
a dança sobre o chão
vento sopro vida
espalhando a canção
o som
a vida é santo brotar
da escura e funda da terra
quentura fria do mundo
sementes de flor pelo ar
cada grão do verde que há
na secura do hoje
a umidade que traz o tempo fértil
cada tempo em seu sentimento
cada momento no seu rebentar
harmonia em sua profusão
ordem expressa do ar-ranjar
cada órbita expressão
ecoando em volta
ar-rudiar
ninho passarinho brota do ecoar
som
silêncio solto gritou
ahhhhhh! no silêncio do amor
shhhiiiiuu, a vida é flor
raridade que abunda em toda parte
milagre que jorra naturalmente
cuidadosamente
passos leves soltos
a dança sobre o chão
vento sopro vida
espalhando a canção
o som
a vida é santo brotar
da escura e funda da terra
quentura fria do mundo
sementes de flor pelo ar
cada grão do verde que há
na secura do hoje
a umidade que traz o tempo fértil
cada tempo em seu sentimento
cada momento no seu rebentar
harmonia em sua profusão
ordem expressa do ar-ranjar
cada órbita expressão
ecoando em volta
ar-rudiar
primeira son-desafio
somos ou não somos um?
a sua é ou não é a minha dor?
quando te prendem é mim mesmo que prendem?
estou em ti como estás em mim?
estamos assim uns nos outros
ou nos escondemos de vermos quem somos verdadeiramente?
no ver de verdade eu me perdi ofuscado
não tenho olhos para ver
cegueira desespero
onde se encontra meu amor?
onde se encontra meu verdadeiro amor em mim? em ti?
até onde estou disposto a ir por ti?
até onde te confessarei? em mim?
se é verdade que sentimos um no outro
então sabemos ser um no outro outro um
o mesmo em tudo
como arte manifesta que expressa amor
na harmonia da vida
que vida pare tudo isso
renascimentos em nós
como desafios vivos e redivivos de nós
como desatarmos de nós mesmos o que somos em nós
para sermos ainda mais além o que ainda bem somos
o ser de ser
em tudo de ser
sem amarras sem solturas
sem fragilidades e sem forças
como a simplicidade de ser
como o que é semente morre
para a árvore nascer germinar
como o broto cresce gente
e o tronco raiz se espalha no ar em busca da luz
dos frutos da luz
a sua é ou não é a minha dor?
quando te prendem é mim mesmo que prendem?
estou em ti como estás em mim?
estamos assim uns nos outros
ou nos escondemos de vermos quem somos verdadeiramente?
no ver de verdade eu me perdi ofuscado
não tenho olhos para ver
cegueira desespero
onde se encontra meu amor?
onde se encontra meu verdadeiro amor em mim? em ti?
até onde estou disposto a ir por ti?
até onde te confessarei? em mim?
se é verdade que sentimos um no outro
então sabemos ser um no outro outro um
o mesmo em tudo
como arte manifesta que expressa amor
na harmonia da vida
que vida pare tudo isso
renascimentos em nós
como desafios vivos e redivivos de nós
como desatarmos de nós mesmos o que somos em nós
para sermos ainda mais além o que ainda bem somos
o ser de ser
em tudo de ser
sem amarras sem solturas
sem fragilidades e sem forças
como a simplicidade de ser
como o que é semente morre
para a árvore nascer germinar
como o broto cresce gente
e o tronco raiz se espalha no ar em busca da luz
dos frutos da luz
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
claridade
sem cor ou ação
a suavidade da tarde noite
silêncio e renascimento
em cada canção
tempo, vento
passagem chão
o que molhou a paisagem
esse rio esse vão
e a gente descendo na arribação
sem cor ou nome
a gente é quem sabe
o que o amor consome
clara idade
a suavidade da tarde noite
silêncio e renascimento
em cada canção
tempo, vento
passagem chão
o que molhou a paisagem
esse rio esse vão
e a gente descendo na arribação
sem cor ou nome
a gente é quem sabe
o que o amor consome
clara idade
jackie
a luz não se apaga ao seu redor
mesmo à noite ou em tempos sombrios
mesmo se te recobres de dor ou solidão
a distância que inspiras guarda a morte
mas que liberta do centro do ser a eternidade
transmutação de elementos difusos
união e harmonia em teus dias vividos
como a voz que ouvistes de outro mundo
do lugar oco de tudo para além de nossos medos
tuas mãos são capazes de ver o invisível
mas o teu toque afasta o olhar da verdade dos famintos
só há um gesto que promove o amor
e a ti foi pedida dura prova para encontrar o ser além da dor
mesmo à noite ou em tempos sombrios
mesmo se te recobres de dor ou solidão
a distância que inspiras guarda a morte
mas que liberta do centro do ser a eternidade
transmutação de elementos difusos
união e harmonia em teus dias vividos
como a voz que ouvistes de outro mundo
do lugar oco de tudo para além de nossos medos
tuas mãos são capazes de ver o invisível
mas o teu toque afasta o olhar da verdade dos famintos
só há um gesto que promove o amor
e a ti foi pedida dura prova para encontrar o ser além da dor
Luiz
Da solidão agreste e calma
catando lixo entre os monturos
na companhia de terezinha
que ouve o canto lamento
como um fúnebre encanto
como um despertar lento
me perco em sua voz
ébria sobriedade
-homens de bem,
ou mais ou mais,
ouçam a lágrima luz!
catando lixo entre os monturos
na companhia de terezinha
que ouve o canto lamento
como um fúnebre encanto
como um despertar lento
me perco em sua voz
ébria sobriedade
-homens de bem,
ou mais ou mais,
ouçam a lágrima luz!
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