tag:blogger.com,1999:blog-19932228767883669872024-03-12T21:24:48.517-07:00página literáriadeyvid galindo santos - escritos de vida, de vento, deserto e de mar.Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.comBlogger82125tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-46567918897844768762015-03-07T15:55:00.000-08:002015-03-07T16:33:29.610-08:00estaçõesse estaciono ou retrocedo<br />
sou como um pássaro em queda libre<br />
abra alas para o vento ressoar<br />
<br />
se me emociono recomeço<br />
sou o mesmo mergulho essa arremetida<br />
de mitologia a se reinventar<br />
<br />
sou esse mesmo solstício<br />
equinócio de mim e de ti<br />
sou mesmo assim vento<br />
como água que esconde terra<br />
<br />
como fogo a se requentar<br />
sou assim todo elemento<br />
mais profundo além do tempo<br />
o fluir de vai e vem do marDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-85197235490688938412014-09-05T07:03:00.001-07:002014-09-05T07:03:39.546-07:00Silêncios de sandálias<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">a felipe caminhante, joão vale neto e daniel lins</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">se aproxima o mestre</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">dentro de mim</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">em silêncio de sandálias havaianas</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">zen encontro com o universo em guerra entre os mundos</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">ou nos bigodes de salvador dali</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">que andava na ciclofaixa</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br />sob efeito gás de pimenta<br />olhos que choram a graça<br />quem dera eu te reencontro na sala de meditação<br />da avenida rosa e silva</span>Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-78280299961264770402014-01-12T12:04:00.004-08:002014-01-12T12:04:41.251-08:00avistamento<br />
será um balão<div>
planeta ou avião refletindo nuvens</div>
<div>
será um espelho do sol</div>
<div>
ou um ser estelar</div>
<div>
que será que se mostra</div>
<div>
para toda a rua ver</div>
<div>
toda a ladeira</div>
<div>
toda a calçada</div>
<div>
a gente nem se importava</div>
<div>
pra gente era infinito</div>
Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-55828147609589590362014-01-12T12:02:00.005-08:002014-01-12T12:05:10.408-08:00a bicicleta por um partido<br />
certo dia ao chegar da escola encontrei a bicicleta grande<br />
<div>
era maior que eu e minhas expectativas</div>
<div>
tinha bagageiro, freios grandes e buzina em meus sonhos</div>
<div>
mas não tinha marchas, prateadas, não tinha super-heróis</div>
<div>
ou trilhas de esportes radicais, nomes em inglês</div>
<div>
mas tinha bicicleta.</div>
<div>
mas tinha o passeio para a casa do prefeito</div>
<div>
painho era oposição</div>
<div>
a decisão era a bicicleta por um partido</div>
Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-36692678573243394912014-01-12T11:58:00.002-08:002014-01-12T11:58:53.029-08:00telhados do mundonão é à toa que nos escondemos<br />
em meio aos bancos de feira<br />
em meio aos bancos econômicos<br />
tamarineiras, castanholas<br />
barras-bandeiras<br />
não é à toa essa descida infinita<br />
pela ladeira da baixinha<br />
ou a subida cansativa do barracão de farinha<br />
num pé só, na barbearia catando giletes<br />
dispensadas na calçada<br />
tampinhas de garrafas e algodão doce<br />
pelo casco de guaraná<br />
não é à toa a descida do pequeno príncipe<br />
e a subida em todos os telhados do mundo.Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-66199718781986650372014-01-12T11:55:00.004-08:002014-01-12T11:55:32.257-08:00meninadaos dedos desenham na areia<br />
a passagem para outras áreas<br />
terá o dedo traçado destino?<br />
distinto do que se lhe fez?<br />
lagoas e riachos perdidos<br />
pés que molham a lama<br />
calçados de linhas de trem<br />
quintais infinitos pistas de pouso<br />
para que possas voar<br />
além das goiabeiras<br />
além das caramboleiras<br />
além das ameixeiras<br />
mas não muito além dos fios elétricos dos postes<br />
<br />Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-66745736920050017212014-01-12T11:44:00.002-08:002014-01-12T11:44:33.515-08:00deveramentedeveramente devo ser<br />
um homem velho ou não maduro<br />
e minha mente brota o olho<br />
do olhar severo quem dera sério<br />
deverasmente eu ouso ser<br />
esse inverno em pleno interno<br />
o incluir de tantas louças<br />
em teus fornos de mansidão<br />
que amornam o sol com a mente<br />
deverasmente.<br />
e ainda posso prever<br />
que a tua palavra pulsa esse impulso<br />
o fruto novo doce amargo o santo<br />
a musa despida em sonho e louco<br />
que varre calçadas e anuncia lua<br />
tua vidência de templos distantes<br />
teu transe desperto ou outro vinho<br />
e as portas abertas pro caminho<br />
deverasmente.<br />
<br />
---<br />
<br />
<i>incidental</i><br />
<i>quando se tem o álibe...</i><br />
<i>deveras djavaneia</i>Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-82087359422121480462014-01-12T11:34:00.003-08:002014-01-12T11:36:38.933-08:00começar de novoparece que foi ontem<br />
o brilho nos teus olhos<br />
a mão aberta o sol<br />
o colorido da lona<br />
a entrada com a luz<br />
e encanta rodando raios<br />
com o tecido do encanto<br />
com a música dos sonhos<br />
e a gente se não tivesse<br />
e a gente se não quisesse<br />
teria se conhecido<br />
com a paz de novo<br />
<br />
---<br />
<br />
<i>trilha djavan e milton</i><br />
<i>e ao fundo a voz do vento</i><br />
<i>silênciossss</i>Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-60092266850481739242014-01-05T07:17:00.000-08:002014-01-12T11:34:52.710-08:00internamenteo caminho é invariável<br />
em meio a tantas variáveisDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-82130712969781677792014-01-05T07:13:00.000-08:002014-01-05T07:25:15.621-08:00Trilha que segueSegue sem margem<br />
encruzilhada de estrelas<br />
detecta do tempo<br />
a vibração do dia<br />
pode ser mesmo essa hora<br />
em que as sombras se escondem da escuridão<br />
raízes obtusas<br />
rainha recusa<br />
a coroa e emancipação.Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-16502679010345942582013-08-08T17:16:00.000-07:002014-01-05T07:24:51.248-08:00rigidez madurapor que essa sede não se transforma em choro<br />
e me dessedenta ou salga a carne<br />
as feridas abertas cicatrizam no bálsamo lacrimal<br />
<br />
por que de pés que se fizeram caminho<br />
guardo apenas a túnica e o desespero<br />
sem desprender as asas a voar louco<br />
<br />
como pássaro de luz sem guia<br />
a mirar a origem dos dias a meta o som<br />
em silêncio prossigo e já nem sinto saber<br />
<br />
se sou eu mesmo esse tanto de verbo e carne<br />
se eu mesmo afirmo ou distancio de mim<br />
esse centro de ser onde está<br />
<br />
maduro já de rígida tristeza, sorrioDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-4192224031411795922013-08-08T17:02:00.002-07:002014-01-05T07:23:54.755-08:00som longo caminharme sinto velho para ter medo perigo<br />
no entanto ando solto no tempo solidão<br />
como criança brinca de palavras nuas<br />
nada há mais que se possa impressionar<br />
<br />
me sinto faminto sedento de sede de fome<br />
de tudo que há e que não se entrega<br />
o que há dentro ou fora contudo<br />
consome sem medo ou descoberta<br />
<br />
não tenho tempo pra sorte<br />
não tenho vida sem leito<br />
meu recomeço é um santo<br />
<br />
jeito de quem não tem jeito<br />
meu recomeço é um parto<br />
meu recomeço é teu texto<br />
<br />
+++<br />
<br />
reconheço tempo tudo<br />
como se fizesse sentido<br />
fosse primavera o gesto<br />
fosse o abrigo indigesto<br />
<br />
réu confesso que fundo<br />
brilha o som princípio turvo<br />
obscuro como um buraco negro<br />
que gera em seu verso tão uno<br />
<br />
findo o tempo do medo<br />
tudo gesto mesmo tudo<br />
findo como cigano pareço<br />
<br />
um passo no escuro duro<br />
um firme passo sem nada<br />
um caso de embaraço claro<br />
<br />
===<br />
<br />
quando atravesso o templo<br />
posso te contemplar na pedra<br />
fresta do mundo invisível<br />
a voz que da noite seu grito<br />
<br />
fez se ouvir o silêncio de ser<br />
como a pantera negra na mata<br />
como a secura fere o coração<br />
de espinhos e curvas encobertas<br />
<br />
de cactos destinos vincos<br />
de vivos entalhes de dor ilusão<br />
saudade que guardo tonto<br />
<br />
do caminho dos amigos infinitos<br />
do encontro cada dia domingo<br />
em meio à sombria paisagem<br />
<br />
----<br />
<br />
maduro atravesso o rio sem fundo<br />
esse é mesmo o recomeço da gente<br />
que se reconhece no som de tudo<br />
esse é mesmo o passe de mágica<br />
<br />
a delicadeza fronte de quem se vê<br />
na abóboda celeste a face materna<br />
no poço de água limpa se reflete<br />
e seus olhos são esse poço<br />
<br />
e seus medos mergulham em torno<br />
daquela mesma conversa<br />
de desejo e queda mito e ensejo<br />
<br />
e diriges uma prece ao alto<br />
como se pudesse ouvi-lo<br />
em teu ventre útero-universo<br />
<br />
<br />
----]]<br />
<br />
<br />
a senda sombra sem medo<br />
caminha dança sem jeito<br />
acompanha o canto noturno<br />
e encanta a lua pleniterna<br />
<br />
margeias o verso em teu seio<br />
margeias essa onda de mar<br />
esse mergulho que vem sussurra<br />
como sereia a desencantar<br />
<br />
da viagem que clareia céu aberto<br />
navegando por uma desilusão<br />
da areia que encobre o chão<br />
<br />
que pisas em meu peito<br />
e do veio que vejo brotar<br />
como semente nova espalha<br />
<br />
<br />
++<br />
<br />
<br />
materno vejo ecoar seu grito<br />
sem mistério na praça ao luar<br />
atravessando eras e eras e eras<br />
e chegando até o sonho das eras<br />
<br />
a falsa irmandade caiu<br />
o que era mar perfeito caiu<br />
e de sua maré cheia correu<br />
a ferrugem de tantas bases feitas<br />
<br />
pelos homens e suas mãos perfeitas<br />
e suas visões perfeitas<br />
e seus caminhos perfeitos<br />
<br />
com planos e previsões<br />
perfeitos para a gente levitar<br />
e se encantar até o eco mar<br />
<br />
=========<br />
<br />
distante farias um gesto<br />
anunciando imersões lusas<br />
em nossas buscas sutis<br />
e chamarias a esquadra inteira<br />
<br />
e os soldados do rei sebastião<br />
mas interno é esse evocar vosso<br />
submerso nos ecos dos ossos<br />
que retornam a vida<br />
<br />
esse mito solto prisioneiro<br />
qual terá sido a sua matéria<br />
a chegar no jardim edênico<br />
<br />
e mesmo onde nossos mapas<br />
e bússolas puderam guiar<br />
perdidos entre vidas dimensões<br />
<br />
<br />
]]]]]]]]]<br />
<br />
<br />
acordado recomeço louco<br />
com o ir e vir de ondas descobertas<br />
sou a multidão passeia entre os prédios<br />
sou a luz que penetra em meio às árvores<br />
<br />
refaço meus pés nas planícies<br />
com as areias de todo o litoral<br />
integro minha alma silvo do vento<br />
sou com árvores e bichos entregue<br />
<br />
cada aventureiro que pisou em minhas trilhas<br />
cada pajé que curou minhas feridas<br />
cada sorriso e choro infantil<br />
<br />
sou isso e tudo que não se pode dizer<br />
da experiência guardo o prazer do naufrágio<br />
esse prazer que é como um se perder<br />
<br />
]]/////////<br />
<br />
quem há de acolher os viajantes caídos<br />
saídos das águas profundas<br />
com sede e fome de nomes e vitórias<br />
as histórias que brotam do silêncio<br />
<br />
quem em sã consciência no seu berço<br />
pode ser fonte para outro recostar<br />
e se dessedentar e purificar-se cristal<br />
de cada gole um outro destino brota<br />
<br />
de cada novo verbo um pleno rebrotar<br />
assimila a seiva da mata<br />
e revela o canto novo<br />
<br />
recebido pelos quânticos<br />
que unos se tornam ao som de tudo<br />
em sua presença de som em pé<br />
<br />
[[[[[[[[<br />
<br />
<br />
agora dos pés brotam espaçonaves<br />
suas libélulas soltas no ar metamorfoseiam<br />
desérticos sonhos se tornam vívidos<br />
e de cada passo esse teu mito envolto<br />
<br />
em sãs histórias de tapetes voadores<br />
e de mil e uma noites de versos e despedidas<br />
tuas areias levam ao rio do mundo<br />
teus monumentos indicam o caminho<br />
<br />
desperto de longo descanso matéria<br />
trajeto semente de volta às estrelas<br />
naus preparadas partir amanhecido<br />
<br />
rumo ao sol que nos alumia<br />
as previsões que fiz se desfizeram<br />
graças ao som longo caminhar<br />
<br />
<br />Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-28037376600849686352013-02-11T13:10:00.001-08:002013-02-11T13:10:30.748-08:00cada um dança no seu tempo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNu46COlREpT4_b5i0ZZo76wealcz-8k_yPgof8dX4nE7m35Wpsk128xDmlxfk6SETamkh5ylcJDX-rH6lN8KE_TyFjBAvxeKF6hXx6GtzBB-OLK3LXS7mtHpAG7B4FLnOZE17yhV5elc/s1600/dif_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNu46COlREpT4_b5i0ZZo76wealcz-8k_yPgof8dX4nE7m35Wpsk128xDmlxfk6SETamkh5ylcJDX-rH6lN8KE_TyFjBAvxeKF6hXx6GtzBB-OLK3LXS7mtHpAG7B4FLnOZE17yhV5elc/s320/dif_1.jpg" width="248" /></a></div>
<span style="font-family: arial; font-size: x-small;">aparência de força esconde fraqueza</span><br />
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
aparente fraqueza esquece da grande força interna</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
a árvore está carregada</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
quando o fruto amadurece é tempo da ceifa</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
os ramos já tem sua verdura</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
o céu escurece e chove</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
provisão para outros tempos</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
no interior da terra</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
cada tempo tem a sua mudança</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
dentro é que mora a semente</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
após o inverno intenso</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
o sol vem rebrotar o chão</div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
cada tempo tem a sua mudança</div>
Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-25358168235978066202012-12-16T20:29:00.000-08:002012-12-16T20:29:22.570-08:00solstício agrestenão é esse um anúncio qualquer<br />
- pareço ler o acaso em seus passos -<br />
nem mesmo encontro os doze apóstolos<br />
meditando sob a lua cheia<br />
em um lago de garças círculo de luz árvore alta<br />
a família brinca de dança<br />
a dança do milho sol e amigos<br />
um só grupo de filhos da Terra<br />
estrelas se alinham, pedras no caminho<br />
re-conhecendo nossas (s)ondas<br />
nós autores de armistício<br />
<br />Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-29505964166336847022012-12-16T20:18:00.000-08:002012-12-16T20:18:03.737-08:00distância da terrauma só estrela parece anunciar a noite<br />
de quem recusou toda a festa<br />
de quem sorrindo pousou no mato<br />
meus pássaros sonhados<br />
onde se fizeram puleiros?<br />
onde os parques e a liberdade?<br />
meu amor esparrama olhos alheios<br />
derramando alma e vida<br />
doação de eucaliptos aromas<br />
meu dia muda<br />
do silêncio breve de águaDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-3312654664739652152012-12-16T20:13:00.001-08:002012-12-16T20:13:53.957-08:00Madrugada agrestesilêncio de lua nova<br />
sem luzes<br />
cidade quieta chuva fina<br />
alegre insônia<br />
posso ver o passo da rua<br />
posso alçar voo noturno<br />
do alto da torre<br />
no orvalho de novo<br />
lírio figueira pasto<br />
sorriso de erva molha<br />
postes supervisionamDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-87617701742424030032012-11-16T19:05:00.001-08:002014-01-05T07:20:48.930-08:00carta lu (da primavera)quando a gente se reconhece<br />
a gente sabe o caminho<br />
a caminhada<br />
a hora da chegada<br />
mesmo que não pareça o destino<br />
essa rota esse sentido<br />
a gente bem sabe<br />
o que guarda revela<br />
ao fim do inverno<br />
primaveraDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-44394869487617555002012-11-16T19:01:00.000-08:002012-11-16T19:01:31.649-08:00uma sequência para ali-viarpara as co-madres<br />
<br />
<br />
das mãos saltam folhas<br />
<br />
trevos e ascensões<br />
<br />
que de arcos íris refletem<br />
<br />
suas cores de espaços nus<br />
<br />
descobertas de sal ou de eras<br />
<br />
onde a voa um pássaro-luz<br />
<br />
sua via férrea não suporta<br />
<br />
florestas e estrelas de amor<br />
<br />
<br />
deixem os fios partirem<br />
<br />
para que possam entoar<br />
<br />
canções com a pauta no ar<br />
<br />
<br />
***<br />
<br />
[na outra primavera eros e psiquê se reencontraram, havia um bom silêncio no ar.<br />
tudo estava em paz novamente reconhecidamente. nada havia de invento<br />
era mesmo esse remar solto de correntes que não evoca martirizações<br />
mas o merecimento de séculos e séculos de silêncio. distância. ausência<br />
na sua presença]<br />
<br />
carta escrita no começo da vida<br />
<br />
o mar en-carrega de cantar<br />
<br />
agora de mar em marDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-58961493579786711782012-11-16T18:52:00.000-08:002012-11-16T18:52:00.781-08:00Ré-ferênciaAo inverno com meu ecoar<br />
<br />
no mais de rio solto<br />
<br />
ré-verente a porta aberta para o mar<br />
<br />
sou mia couto<br />
<br />
<br />
ré-fervente água reza amar<br />
<br />
dentro pouco<br />
<br />
o que vi pode ré-sucitar<br />
<br />
o que é outro<br />
<br />
<br />
o que é mesmo<br />
<br />
o que é sempre eco-ar<br />
<br />
não-novo<br />
<br />
<br />
presença mouco<br />
<br />
(silente)Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-2990282214330623962012-11-16T18:47:00.000-08:002012-11-16T18:47:08.269-08:00Con-fissãoa Felipe Terra<br />
<br />
<br />
o que sabe de dentro<br />
<br />
brotar<br />
<br />
<br />
na sua voz de ecoador<br />
<br />
navente<br />
<br />
<br />
brilhante fosco vívido<br />
<br />
esse mergulho<br />
<br />
<br />
serei teu nome revivo<br />
<br />
serei teu re-concílio<br />
<br />
<br />
concilio o que há de meu mar<br />
<br />
morn-ar ar<br />
<br />
<br />
vou de encontro ao som<br />
<br />
ar<br />
<br />
som ar<br />
<br />
sommmmm arrrr<br />
<br />
sommmm arrrrr<br />
sommmarrrrrrr<br />
<br />
<br />
vou de encontro ao om<br />
<br />
RÁ<br />
<br />Deyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-23911517265313489272012-11-16T18:38:00.001-08:002012-11-16T18:38:26.146-08:00sétimo selo (semedo semeio)sem medo<br />
<br />
o que vem dentro encontra<br />
<br />
tempo<br />
<br />
<br />
só mesmo<br />
<br />
na doce promessa pode solta<br />
<br />
dançar na voz do amor<br />
<br />
<br />
nunca<br />
<br />
soube dizer da grandeza de encontrar<br />
<br />
agora pequena semente se fez<br />
<br />
<br />
de cada terra<br />
<br />
grão de areia<br />
<br />
de cada sono<br />
<br />
despertar<br />
<br />
o que é verdadeiro não se perde<br />
<br />
o que é de verdade se dirá<br />
<br />
não se parte sem vida<br />
<br />
não se vence sem ver<br />
<br />
o que dirá reconhecer<br />
<br />
em si de novo renascer<br />
<br />
de novo tudo ecoa<br />
<br />
ancora o teu amor<br />
<br />
em todas as formas rebrotaDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-11704620895829739962012-11-16T18:32:00.003-08:002012-11-16T18:32:46.444-08:00presença viva (sexta feira sonho)amor<br />
<br />
em toda parte é o que se faz ecoar<br />
<br />
de seu coração<br />
<br />
<br />
em nós<br />
<br />
só mesmo acompanha um balanço<br />
<br />
<br />
tudo em ti alcança<br />
<br />
<br />
o que verbo é o mistério<br />
<br />
<br />
<br />
em Ti se revela<br />
<br />
<br />
segredoDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-72936490825713705612012-11-16T18:29:00.001-08:002012-11-16T18:38:38.048-08:00quinta de luzna voz no alento<br />
sopro instrumento<br />
<br />
alumbramento<br />
no leito no-vembro<br />
<br />
o membro parceiro<br />
passeio pele talento<br />
<br />
rede-tele de dentro<br />
sentir pulsar momento<br />
<br />
tudo está junto<br />
distância é só aparência<br />
<br />
presença é sempre movendo<br />
arte-vento<br />
<br />
a roda evolve<br />
novo pat-amar<br />
<br />
não sem encontro<br />
<br />
entre tudo<br />
há o mesmo repente<br />
<br />
***<br />
<br />
[não foi deus quem fez as ondas<br />
não foi deus quem fez o mar<br />
não foi deus quem fez os peixes<br />
deus foi quem soube nadar]<br />
<br />
a vida é viva a genteDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-65346420318967281572012-11-16T18:13:00.002-08:002012-11-16T18:13:34.126-08:00quarto de tempochamo o tempo o tempo o tempo<br />
<br />
chamo na chama no verso no veio<br />
na corredeira que alimentou o meu seio<br />
na minha raiz<br />
<br />
que brotou esse mar de alegria e saciou<br />
minha sede de vento de sol de euforia<br />
alimentou<br />
<br />
meu cantar tão contente mas ventre<br />
que sim gerou<br />
o que é de semente é de fogo é de sonho<br />
<br />
é a mostra da fruta madura o ponto<br />
que une o trabalho do ara-dor<br />
com amor<br />
<br />
nada fez raiz sen-time-nto<br />
nada fez sen-ti<br />
sem o teu vento<br />
<br />
sem a morte ecoando no ar<br />
sem a força do oposto brilhar<br />
sem a nuvem escondendo luar<br />
<br />
e o dia vindo clarear<br />
<br />
sem o fogo consumi-dor<br />
que gera destrói e liberta<br />
sem a força da primavera<br />
<br />
não se pode re-começar<br />
<br />
nascimentoDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1993222876788366987.post-88286518564073373022012-11-16T18:07:00.002-08:002012-11-16T18:18:11.254-08:00terceira passagem (chão-ar)rodopios de flores e sons<br />
pétalas são bailarinas<br />
<br />
que almas dançam no espaço<br />
<br />
na cósmica presença cântico-primo<br />
<br />
o al-tar<br />
<br />
alta-mente<br />
<br />
chão chão chão<br />
eleva de si para o são<br />
o que é o que não<br />
<br />
chão chão chão<br />
eleva de sim coração<br />
para o ente mão efusão<br />
espargir seu perfume oração<br />
<br />
pelo temp(l)o do-ar<br />
<br />
amor-tecer<br />
<br />
de sua ligadura mover<br />
re-mover o que im-pede<br />
para que sede se faça ser<br />
<br />
o que seria do altar saciar<br />
sem raiz o degrau para o chãoDeyvid Galindo Santoshttp://www.blogger.com/profile/06624841757522848498noreply@blogger.com1