terça-feira, 25 de janeiro de 2011

fecundidade

vem de longe
canta novo
estrada e sonho
canta logo
devotada
seu ofício

de quem sacro
canto lida
com a lide
do seu vício
de cantar
sem fim início

vem de sonho
vem de vento
ver de longe
o boi e o canto
do seu tempo
sem intento

vem tormento
que se espera
que se vence
que se ora
vem de dentro
vem de fora
vem agora!

vem de perto
vem de sempre
como arte
que se vende
que se compra
na estrada
de repente

vem com força
vem sem medo
vem à mostra
sem segredo
anuncia a que veio
e vem no meio

que se encontra
logo em cheio
sua conta
que protege
tudo guarda
tude rege

quem entona
essa saudade
descaminho
da vontade
que anuncia
sem pensar

rio deserto
vera fonte
e belíssimo
horizonte
lágrima que molha
e fecunda
nosso chão


para izidro, anaíra e helton

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