meu sonho de ninar
uma semente, um feto
uma criança viva
cheia de força e brisa
flor de deserto e campo
árabe canto e ninho
que de rio solto
dança na água da chuva
como deusa-deus-criança
amigo do tempo e das plantas
dos bichinhos de andança
pela vida, mata, ar
pela estrada de andar
borboleta e beija-flor
nos ensinam a voar
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
fecundidade
vem de longe
canta novo
estrada e sonho
canta logo
devotada
seu ofício
de quem sacro
canto lida
com a lide
do seu vício
de cantar
sem fim início
vem de sonho
vem de vento
ver de longe
o boi e o canto
do seu tempo
sem intento
vem tormento
que se espera
que se vence
que se ora
vem de dentro
vem de fora
vem agora!
vem de perto
vem de sempre
como arte
que se vende
que se compra
na estrada
de repente
vem com força
vem sem medo
vem à mostra
sem segredo
anuncia a que veio
e vem no meio
que se encontra
logo em cheio
sua conta
que protege
tudo guarda
tude rege
quem entona
essa saudade
descaminho
da vontade
que anuncia
sem pensar
rio deserto
vera fonte
e belíssimo
horizonte
lágrima que molha
e fecunda
nosso chão
para izidro, anaíra e helton
canta novo
estrada e sonho
canta logo
devotada
seu ofício
de quem sacro
canto lida
com a lide
do seu vício
de cantar
sem fim início
vem de sonho
vem de vento
ver de longe
o boi e o canto
do seu tempo
sem intento
vem tormento
que se espera
que se vence
que se ora
vem de dentro
vem de fora
vem agora!
vem de perto
vem de sempre
como arte
que se vende
que se compra
na estrada
de repente
vem com força
vem sem medo
vem à mostra
sem segredo
anuncia a que veio
e vem no meio
que se encontra
logo em cheio
sua conta
que protege
tudo guarda
tude rege
quem entona
essa saudade
descaminho
da vontade
que anuncia
sem pensar
rio deserto
vera fonte
e belíssimo
horizonte
lágrima que molha
e fecunda
nosso chão
para izidro, anaíra e helton
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
causo de várzea
na tarde anuviada de janeiro
os coqueiros dançam
ecoar da tua voz
de vento e mensagem
de tempo vindouro
a triste tarde anunciada.
uma sarça de fogo
rodopia sobre a grama
do outro lado da praça
na casa antiga do sonho
como um guerreiro insone
que recolhe conchas no mar
maneira de tua estrada
na hora desencontrada
tão vivo o corpo santo
vizinho do veto encontro
mas logo caem na rua
as pedras, patas e raízes
dedicada violeira
que de repente fez a várzea
virar causo de contar
os coqueiros dançam
ecoar da tua voz
de vento e mensagem
de tempo vindouro
a triste tarde anunciada.
uma sarça de fogo
rodopia sobre a grama
do outro lado da praça
na casa antiga do sonho
como um guerreiro insone
que recolhe conchas no mar
maneira de tua estrada
na hora desencontrada
tão vivo o corpo santo
vizinho do veto encontro
mas logo caem na rua
as pedras, patas e raízes
dedicada violeira
que de repente fez a várzea
virar causo de contar
domingo, 23 de janeiro de 2011
ira de ara
inflexões de suave encanto
a verdade contorna
a aridez e o acre
para entornar descobertas
redescoanunciar
em ciência e sonho
a ciência dos sonhos
o sentir
do sentir que é sonho
do eclodir
eclosão de mistérios
revelação
o que a vida revela
oração
ira de arara
rara ana
arara ira
a verdade contorna
a aridez e o acre
para entornar descobertas
redescoanunciar
em ciência e sonho
a ciência dos sonhos
o sentir
do sentir que é sonho
do eclodir
eclosão de mistérios
revelação
o que a vida revela
oração
ira de arara
rara ana
arara ira
sábado, 22 de janeiro de 2011
jambeiro
em meio ao verde dos quintais
e o cinza celeste nos recria
o vermelho das frutas de jambo
suas folhas e o caule de jambo
redescobrindo a beleza criança
vem recobrindo o muro e o terreiro
guardando a terra para o que será.
e o cinza celeste nos recria
o vermelho das frutas de jambo
suas folhas e o caule de jambo
redescobrindo a beleza criança
vem recobrindo o muro e o terreiro
guardando a terra para o que será.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
densidade nua
a densidade das ruas e telhados sujos
as nuves persitem em seu pouso
como um tempo de resistência
entre barricadas e cavaletes
como um vento que sopra
apenas no pé de sua orelha
assim em sua nuca calafrios
assim em suas mãos louco suor
de visões e eternas moradas
que se perdem no fundo do mar.
sou o encanto de anunciar.
as nuves persitem em seu pouso
como um tempo de resistência
entre barricadas e cavaletes
como um vento que sopra
apenas no pé de sua orelha
assim em sua nuca calafrios
assim em suas mãos louco suor
de visões e eternas moradas
que se perdem no fundo do mar.
sou o encanto de anunciar.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
origem
nasci com duas fontes eternas
uma terrestre e outra celestial
cada uma delas remete a mil e uma outras
que tomam parte na senda de ascensão
o cristal do meu corpo é a terra nua
mas meu sopro e intento é de sol e lua
é a luminosidade encantada
de onde venho
o cantar da natureza é a própria criação
e os pássaros executam as melodias
do trafegar.
uma terrestre e outra celestial
cada uma delas remete a mil e uma outras
que tomam parte na senda de ascensão
o cristal do meu corpo é a terra nua
mas meu sopro e intento é de sol e lua
é a luminosidade encantada
de onde venho
o cantar da natureza é a própria criação
e os pássaros executam as melodias
do trafegar.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terra e sal
sou feito de terra e de sal
e as linhas que atravesso
guardam mil tesouros
minhas mãos são como folhagens
e meus braços como galhos
por onde percorre a seiva do dia
que meus pés colhem
das entranhas da vida.
minha substância é pioneira
mas meu canto vem de longe
de minha natureza solar
e espacial
de um tempo espaço sem dimensão
por onde perpassam sonhos
e as luzes eternas banham o som
que meu voo é quem salpica
de areia prateada
o céu noturno de desetos.
e as linhas que atravesso
guardam mil tesouros
minhas mãos são como folhagens
e meus braços como galhos
por onde percorre a seiva do dia
que meus pés colhem
das entranhas da vida.
minha substância é pioneira
mas meu canto vem de longe
de minha natureza solar
e espacial
de um tempo espaço sem dimensão
por onde perpassam sonhos
e as luzes eternas banham o som
que meu voo é quem salpica
de areia prateada
o céu noturno de desetos.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segredo
percorrendo mar adentro
navegando mundo afora
encontrando em si mesmo
o prumo da vida, a direção.
partilhando no caminho
sementes e sonhos
que encontrar
como pedra que se atravessa
prêmio vivo
que as voltas da vida nos pode dar.
adianto um segredo
sou feito de passo e mar.
navegando mundo afora
encontrando em si mesmo
o prumo da vida, a direção.
partilhando no caminho
sementes e sonhos
que encontrar
como pedra que se atravessa
prêmio vivo
que as voltas da vida nos pode dar.
adianto um segredo
sou feito de passo e mar.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Partilhando
Compartir o pão da vida.
Em meio à chuva
o amor fecundo
brota da terra novamente
multiplicando os seus frutos.
Em meio à chuva
o amor fecundo
brota da terra novamente
multiplicando os seus frutos.
domingo, 16 de janeiro de 2011
silêncio e verbo
Parece ser um trabalho homérico. O trabalho silencioso e brando, o trabalho alquímico do verbo, a transmutação dos elementos difusos em silêncio e compreensão.
Não são tarefas fáceis seguir os conselhos dos grandes mestres da humanidade; consciência reta e ação ponderada.
Não é fácil por vezes manter serenidade nos transes da vida.
Porém, creio mesmo ser possível, mesmo diante das dificuldades que se agigantam a esperança permanece firme... e silenciosa.
Não são tarefas fáceis seguir os conselhos dos grandes mestres da humanidade; consciência reta e ação ponderada.
Não é fácil por vezes manter serenidade nos transes da vida.
Porém, creio mesmo ser possível, mesmo diante das dificuldades que se agigantam a esperança permanece firme... e silenciosa.
sábado, 15 de janeiro de 2011
mensagem do dia
Essa é a mensagem do dia: no presente se cabe tudo. E até cabe o nosso amor o sentimento imenso e terno que cabe na palma da mão de uma criança em despedidas e no nascer do dia:êi o dia novo, nu em sua delicadeza. ao horizonte preces premissas, poesias anaíras, é isso: o sol nenê de sempre, terno iluminativo e o conto amigo do bairro de guarida. o colo de minha mãe, saudades...
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
escrever
Em certa medida estamos a nos dar, nos fazermos desnudos. O ato de escrever parece que nos é quase um desafio de si para consigo.
Se em certa dimensão é parideira a tarefa de germinação e gestação mesmo, em que pôr para fora universos e quase entes autônomos é de alta angústia e alívio (fluxo-refluxo/sístole-diástole); por outro lado é também encontro e Re-ligação transcendente. Algo que se faz de entre a terra e o passo celeste, tem a ver com pontes entre os mundos, com deixar-se ser. em estando apenas enquanto passagem, momento, instante, viagem.
Se em certa dimensão é parideira a tarefa de germinação e gestação mesmo, em que pôr para fora universos e quase entes autônomos é de alta angústia e alívio (fluxo-refluxo/sístole-diástole); por outro lado é também encontro e Re-ligação transcendente. Algo que se faz de entre a terra e o passo celeste, tem a ver com pontes entre os mundos, com deixar-se ser. em estando apenas enquanto passagem, momento, instante, viagem.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
devocional
meu coração se entrega em prece
um som desértico atravessa-me canal
como flauta divina sereno encanto
ressoo o som do Santo
em minha imagem pura de redescobrir
o trajeto - caminho fluir
sou mesmo reinvenção
minha palavra se reintegra
das vozes diversas da multipla cor
fontes que jorram indecisas
e encontram a mesma e Única Fonte
um som desértico atravessa-me canal
como flauta divina sereno encanto
ressoo o som do Santo
em minha imagem pura de redescobrir
o trajeto - caminho fluir
sou mesmo reinvenção
minha palavra se reintegra
das vozes diversas da multipla cor
fontes que jorram indecisas
e encontram a mesma e Única Fonte
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
apreciação
disponho esse verbo
como encontro de quadros
como molduras de sambas
e imagens invertidas
em luminações da tv
disponho esse gesto
esse sonho em canto
e distante apresento
um pouco de ser
ser como quem é
e como quem impreciso
permanece sendo
de estar e estou
como delírio sério
e traços descobertos
como encontro de quadros
como molduras de sambas
e imagens invertidas
em luminações da tv
disponho esse gesto
esse sonho em canto
e distante apresento
um pouco de ser
ser como quem é
e como quem impreciso
permanece sendo
de estar e estou
como delírio sério
e traços descobertos
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Poemas e projetos
Já não tenho mais projetos inéditos
tudo circula pela mesma órbita
versos e reversos transatos
translatos de mesma luz.
Advindo da terra ou do espaço
faço e refaço o mesmo ato
no palco no mato no picadeiro
na arquibancada no alto, avistando
a serra que dá para o outro lado
o vale de riachos desconhecidos
por onde nunca transitei -
transladei por campos inesquecíveis.
tudo circula pela mesma órbita
versos e reversos transatos
translatos de mesma luz.
Advindo da terra ou do espaço
faço e refaço o mesmo ato
no palco no mato no picadeiro
na arquibancada no alto, avistando
a serra que dá para o outro lado
o vale de riachos desconhecidos
por onde nunca transitei -
transladei por campos inesquecíveis.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
precipitações
precipito-me sobre o piano
a meiga e clara devoção melódica
o tom e o riso raso de sua lógica
que rediz desdiz tudo que predisse
precipito-me assim entusiástico
como quem traz nas mãos colcheias
e nos dedos pontos vivos de realidade
velozes e pálidas e sem convenções.
assim sem rumo ou explicações
a melancolia expressa nos olhos
e um abanador para aliviar
o vento da tarde que não chega
algumas saudades que não nego
e esse incômodo gástrico suave
de quem bem sabe a ansiedade que o leve
leve leve leve... que o carregue
a meiga e clara devoção melódica
o tom e o riso raso de sua lógica
que rediz desdiz tudo que predisse
precipito-me assim entusiástico
como quem traz nas mãos colcheias
e nos dedos pontos vivos de realidade
velozes e pálidas e sem convenções.
assim sem rumo ou explicações
a melancolia expressa nos olhos
e um abanador para aliviar
o vento da tarde que não chega
algumas saudades que não nego
e esse incômodo gástrico suave
de quem bem sabe a ansiedade que o leve
leve leve leve... que o carregue
domingo, 9 de janeiro de 2011
Um pé de planta
tinha um pé de planta no meio do caminho...
e ele cresceu e se fortaleceu
deu bons frutos e flores que embelezaram o caminho
e seus frutos alimentaram os caminheiros
indistintamente
e ele cresceu e se fortaleceu
deu bons frutos e flores que embelezaram o caminho
e seus frutos alimentaram os caminheiros
indistintamente
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